sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Outras faces, mesma história.

"Depois de tanto tempo sem falar nada sobre o assunto, senti uma necessidade tão grande de me expressar, nem que seja só para ter registrado, que resolvi escrever sobre os acontecimentos, pensamentos e tudo mais que tem se passado na minha vida.
Eu sinto que dessa vez será, de fato, a primeira vez que falo sobre minha vida de um jeito mais sério, mais focado. Sempre escrevi sobre algumas coisas, mas nunca tive uma história para contar e muito menos história sobre sentimentos...

Em menos de 3 anos minha vida mudou de um jeito muito inesperado, e talvez até inexplicável. Mas entre todas as coisas que aconteceram, uma delas foi de longe a mais significativa, eu não achava que as pessoas poderiam mudar de verdade, até que aconteceu comigo e eu comecei a entender melhor.
Tudo começou em 2008, no começo das aulas. O começo do ano foi muito complicado, por motivos como medo de enfrentar coisas novas ,um problema que sempre tive, muitos amigos se afastando, amigos que tive durante minha vida toda praticamente.. cada um com seus motivos para tal.

Durante o ano todo muitas coisas difentes aconteceram, experiencias novas, amizades novas.. como sempre apareceram as dificuldades também, inclusive mais dificeis de superar do que qualquer outra que eu já tive. Quando o ano acabou ficou uma insegurança, porque as coisas mudaram muito e iriam mudar novamente e eu, como sempre, não estava preparado para mudanças.

A tal mudança não foi tão grande quanto a do ano anterior, foi até rápido pra eu me acostumar.. e graças a isso o ano começo com um ar mais agradável.
Vendo agora, talvez eu possa dizer que meu objetivo naquele ano era só me acostumar com o que viesse e assim ficar em paz. Até que essa parte foi fácil, me acostumei rápido, ao meu novo 'universo', que depois de tantas idas e vindas de pessoas diferentes, agora se resumia basciamente em 3 amigos, que eu tinha certeza que estariam sempre comigo.
Sabendo que as coisas seriam diferentes acabei me perdendo tentando ser o que eu sempre tentei, mas talvez nunca tivesse conseguido de verdade. Era a minha chance de mudar de verdade, deixar pra trás coisas que eu não gostava e mudar naquele momento.

Continuei buscando esssa mudança, só me focava nisso na maior parte do tempo, pensando em como deveria ser, se conseguiria ser diferente. Com o passar do tempo eu perdi um pouco o controle dessa mudança, acabei esquecendo o limite entre o que eu buscava e quem eu realmente era, acabei fazendo coisas que não deveria talvez, me desprendi da maioria das coisas, não ligava pra quase nada, não tinha compromissos, não me importava com horário, a única coisa que eu fazia questão, era não fazer questão de nada.

Durante alguns meses continuei me prendendo a esses pensamentos e com as mesmas atitudes erroneas, eu achava engraçado ser grosso, não ter compromissos , não me importar com nada, e assim cada vez fui ficando mais longe dos antigos amigos, me afastei um pouco também da minha família, responsabilidades e coisas do tipo. O problema é que eu estava 'cego' demais pra reconhecer que já tinha passado do ponto e que isso me fazia mal.
Mas às vezes parece que quando as coisas estão chegando no limite a vida te dá um sinal, uma chance de fazer de outras maneiras, seguir um caminho diferente, ou até mesmo voltar atras em uma escolha, talvez até de um jeito melhor. Pelo menos comigo foi assim..."


Vou continuar em outros posts, beijos e abraços.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Lampejos




 Definição de Lampejo: brilho ou clarão repentino. breve, de curta duração, que passa rápido; manifestação rápida de uma ideia.

 Estou chegando numa fase da vida que muitas coisas que passei e que aprendi serão deixadas para trás para que outras venham e ocupem seu lugar. Esse momento é uma fase normal que qualquer pessoa tem que passar para que possa se tornar uma pessoa de verdade. Assumir responsabilidades, cometer erros e etc, tudo isso é parte natural da vida. Como disse Lewis H. Brown: "Se a sua vida é isenta de fracassos, então você não está assumindo os riscos necessários".
 Aceitar isso não quer dizer que sempre nos lembraremos dos bons momentos que passamos e principalmente dos momentos que construíram o que somos hoje. Consigo facilmente me ver hoje como resultado de, principalmente, uma jornada levada nesses últimos três anos. Esses três anos eu vejo como se fosse uma redação, cada ano é uma parte dessa redação: 2008 seria a introdução, 2009 o desenvolvimento e 2010 a conclusão. Mas tudo começou no Reveillon de 2007, sem dúvida. Numa casa de praia em Alagoas, eu estava tentando me acostumar na frente de pessoas que nunca tinha visto e também de quem eu já conhecia. Tudo parecia monótono mas numa noite, como se fosse um imã, ela chegou e com certeza eu, que tinha 14 anos, não imaginaria como aquilo poderia representar pra mim. 
 O tempo passou, chegamos em 2008. Começo do ensino médio numa escola diferente, pessoas diferentes, culturas diferentes. Como necessidade de qualquer ser humano, nós tentamos nos juntar aos semelhantes, pois está em nosso subconsciente (nós aceitemos ou não) a ideia de que em grupo tudo consegue ser melhor. E assim foi, procurei a quem possivelmente poderia ser semelhante, seja em pensamento, atitudes, hábitos e etc. Em 2008 eu tinha uma mentalidade diferente, de que só o que eu gostava estaria certo, seria normal, DEVERIA ser aceito, mas obviamente não é e nunca será assim. Comecei a trabalhar e mesmo tendo poucas responsabilidades, tendo uma idade baixa, conheci pessoas que me ajudaram muito e com certeza lembrarei dessas pessoas no meu futuro, tanto na vida profissional como na vida pessoal.
 O tempo continuou passando e pude ver amigos passando por situações que nunca espero passar, e mesmo tentando estar presente, alguns preferem se afastar para fazer do silêncio um lar ou um ambiente de paz, sei lá. E de uma forma um tanto espontânea, fiz amizade com duas pessoas que, por eu ter uma cabeça pequena, não fiz amizade antes e nem gostava deles, suahhas. Mas enfim, pude conhecer um pouco de cada um deles sem imaginar o que o futuro poderia guardar. E por uma concessão de ambas as partes, eu e a garota do Reveillon de 2007 conseguimos manter uma amizade, mesmo com a distância. O que aconteceu até então é o que considero ter sido a introdução. O tempo continuou agindo e lá eu estava novamente naquela casa de praia com as mesmas pessoas. Nesse momento tive medo de tomar certas atitudes por medo de errar, mas acredito que tinha que ser assim. 
 O ano de 2009 chegou. E ao voltar pro mesmo colégio do ano anterior, me vi com a mesma turma mas certos amigos tinham saído dela, amigos que com certeza ajudaram a me situar naquele 2008. Naquela sala sentei perto de um daqueles que eu pude conhecer no ano anterior. Ali começou uma amizade que espero carregar pra sempre comigo. Um grunge e um playsson não é uma imagem comum, mas dentro de cada um de nós havia algo a mais. De alguma forma eu comecei a abrir mais minha cabeça e esquecer aquela mentalidade que tinha obtido com o tempo.  Entendi que seria o melhor para mim e assim agi. E percebi que não foi só comigo que essas mudanças ocorreram. Novos hábitos, novos assuntos e nossa amizade foi se tornando forte. Um ajudando o outro, dando conselhos e etc. Seja sobre romances, sobre nosso convívio com família e tal. Nesse ano eu com certeza aproveitei a vida como deve ser. Cada dia me sentia melhor, me sentia vivo. Cometi erros com quem eu amava, erros que só cabe a mim a culpa. Talvez eu tenha feito por infantilidade, não sei. Quase perdi a amizade que tinha com essa pessoa, mas ela foi diferente e pode ser o que eu não fui: ser madura e perdoar meu erro. Com certeza ter errado me ajudou a amadurecer um pouco mesmo que tenha sido uma situação um tanto chata. E aquela garota continuou na minha vida e mais uma vez cada um concedeu mais espaço para o outro poder chegar e conhecer melhor a situação. No final daquele ano não pude passar o Reveillon naquela mesma casa de praia, mas isso não impediu de me sentir lá, de estar com ela. Esse foi o desenvolvimento de toda a história.
 Chegou 2010, um ano crucial. Esse deve ser o último ano no colégio e sendo o último ano começa a chover questionamentos e pressão daqueles que esperam o seu melhor. Mais uma vez, continuei na mesma turma, entraram algumas pessoas mas quem eu gostaria de manter amizade. No passar do ano, pude me divertir ao máximo. E a relação com aquela garota foi se tornando mais intenso do que qualquer um de nós poderia prever em 2007. Viajei e fui pra perto dela, e como me senti bem. No meio do ano terminei de trabalhar, teria que me acostumar a uma rotina diferente: ficar em casa. Tive me acostumar também que eu não poderia mais sair com meus esforços, tive que começar a pedir pros meus pais, mas isso não me pareceu difícil mas me incomoda pra caralho. Ao tentar consertar alguns erros, fiz amizade com quem o tempo havia afastado e talvez por confundir essa amizade surgiu ali algo a mais. Para mim era algo natural mas afetou a muita gente em volta de mim, e principalmente àquela garota. Eu percebi o quanto ela se importava, o que ela sentia. Eu então decidi que queria ter algo com ela, mesmo a distância para impedir algo mais profundo. Eu queria ela e só. Começamos a namorar, um namoro a distância que no passado eu tanto critiquei. Havia um esforço de ambos os lados para que desse certo. Mas acho que realmente eu estava certo sobre relacionamento a distância. É bom ter alguém que ame você, que queira compartilhar os sentimentos, mas uma namorar não significa só falar coisas bonitas. Também não acho que namorar tenha que ser algo somente físico. Sentir falta do outro é normal, mas deixar que essa falta interfira nos seus hábitos, te deixe mal... não posso considerar isso normal. Isso me ocorreu e mesmo que eu tentasse fugir minha cabeça continuava dizendo a verdade e essa verdade fez com que eu me afastasse e terminasse esse relacionamento. Talvez eu tenha cometido um erro e esse erro não tenha mais volta, mas concordando com Lewis H. Brown, se nós não tentarmos melhorar, não tentarmos arriscar, levaremos uma vida monótona, sem emoções e etc.
 Provavelmente falei mais do que esperava ter falado, mas ainda falta justificar o título. Tudo que vivi e que passei espero levar comigo como exemplo. Levar comigo para lembrar dos bons momentos, lembrar dos erros para que não cometa mais e também lembrar quem realmente eu me importo e quem se importa comigo. Desejo ter lampejos de todos esses dias quando eu estiver mais velho. Desejo ser feliz e obviamente desejo felicidade a todos que passaram na minha vida. A conclusão dessa história não está pronta ainda, faltam alguns meses para ficar pronta mas eu acredito que cada passo que nós damos em nossas vidas seja responsabilidade nossa e só nós podemos mudar o que está por vir.

Let me Introduce Myself

A ideia de criar esse blog me surgiu depois de passar por algumas coisas. Conheço algumas pessoas que tem blogs e sempre me pergunto o por que de fazer um, e é isso que eu me pergunto agora mesmo: estou criando esse blog pra eu poder botar os meus pensamentos no "papel" ou apenas para passar tempo?

Como eu disse no começo, as últimas três semanas tem sido um tanto perturbadas pra mim. Nunca imaginaria que ter 17 anos trazer tantos sentimentos, preocupações, medos e etc. Até antes dessas três semanas eu tinha uma ideia do que seria certo para mim e para o meu futuro, mas certo dia eu acordei e dei de cara com dúvidas, como se eu estivesse num carro a 120 km/h e batesse num muro de concreto. Fui pego de surpresa e com a surpresa veio o medo de tomar decisões erradas. Então eu tomei uma decisão de tentar mudar o que se passava para não deixar nas mão do acaso. Acredito que se agente tenta modificar algo seja por que nos importa o suficiente para que não continue a ser uma situação chata, desconfortável e quem sabe um pouco incomoda.

Depois do que digitei acima acho que cheguei a conclusão de que eu criei esse blog para entender e para saber se as decisões que tomei e que serão tomadas não foram erradas ou em vão. Na verdade acho que é isso que todos querem, agir mais e errar menos.